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Você conhece a definição de Alta Complexidade no SUS?

De acordo com a publicação do CONASS – Conselho Nacional de Secretários da Saúde, a Alta Complexidade é definida como: Conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS, envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à população acesso a serviços qualificados, integrando-os aos demais níveis de atenção à saúde (atenção básica e de média complexidade).

As principais áreas que compõem a alta complexidade do SUS, organizadas em redes são:

  • Assistência ao paciente portador de doença renal crônica (por meio dos procedimentos de diálise);
  • Assistência ao paciente oncológico;
  • Cirurgia cardiovascular;
  • Procedimentos da cardiologia intervencionista;
  • Procedimentos endovasculares extracardíacos;
  • Laboratório de eletrofisiologia;
  • Assistência em tráumato-ortopedia;
  • Procedimentos de neurocirurgia;
  • Assistência em otologia;
  • Cirurgia de implante coclear;
  • Cirurgia das vias aéreas superiores e da região cervical; cirurgia da calota craniana, da face e do sistema estomatognático;
  • Procedimentos em fissuras lábio-palatais;
  • Reabilitação protética e funcional das doenças da calota craniana, da face e do sistema estomatognático;
  • Procedimentos para a avaliação e o tratamento dos transtornos respiratórios do sono;
  • Assistência aos pacientes portadores de queimaduras;
  • Assistência aos pacientes portadores de obesidade;
  • Cirurgia reprodutiva;
  • Genética clínica;
  • Terapia nutricional;
  • Distrofia muscular progressiva;
  • Osteogênese imperfecta;
  • Fibrose cística
  • Reprodução assistida.

(A Portaria SAS/MS n. 968, de 11 de dezembro de 2002, definiu o elenco de procedimentos considerados de alta complexidade Ambulatorial e hospitalar).

Neste artigo vamos enfatizar a área de cirurgia cardiovascular e hemodinâmica. Confira alguns exemplos a seguir:

Perfusão Hipertérmica Oncológica Peritonial

É uma técnica que consiste em isolar e infundir em membros isolados soluções hipertérmicas (em torno de 42ºc) através de uma máquina que utiliza um sistema de bombas de propulsão para infundir o quimioterápico.

Marcapasso

Empregados no tratamento de arritmias e Insuficiência Cardíaca são implantados no paciente com a finalidade principal de ajustar o ritmo cardíaco. Há diferentes tipos de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis (DCEI) na atualidade que se utiliza de altas tecnologias para a correção dessas arritmias.

ECMO – Suporte Avançado de Vida

Um sistema de membranas de Polimetilpenteno, que são responsáveis pelo suporte (respiração extracorpórea) do coração e pulmões de pacientes que estão com esses órgãos muito prejudicados.

Cell saver

Sistema de recuperação de células. Muito utilizado na cirurgia cardíaca, mas que também pode ser utilizado em procedimentos onde há uma perda excessiva de sangue, como em cirurgias de trauma por exemplo. Esse sistema utiliza um módulo de centrifugação que separa as hemácias do sangue aspirado do campo cirúrgico. No final do processo, o paciente pode se beneficiar de um “Concentrado de Hemácias” do seu próprio sangue que foi aspirado e posteriormente, devolvido ao seu organismo.

Perfusão Extracorpórea

A pratica da circulação extracorpórea consiste na simulação mecânica de princípios da fisiologia humana relacionados à circulação e respiração, realizados por um sistema de tubos, cânulas, bomba propulsora, oxigenador, hemoconcentrador e diversos filtros no decorrer do circuito. O profissional responsável pela circulação extracorpórea “o perfusionista” é habilitado para atuar na circulação extracorpórea e assistência circulatória, integrando equipes de cirurgia cardiovascular, unidades de terapia intensiva e serviços de hemodinâmica.

Por Mara Freire – Colunista ASGARD Cursos. Bacharel em Biomedicina, Consultor Científico/Professor – AGD Cursos, Especialista em Perfusão Extracorpórea, Órgãos Artificiais e ECMO, Especialista em Docência do Ensino Superior.