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Startups desenvolvem um teste de ácido nucleico simples e barato para o diagnóstico da hepatite C viral

A DGLab, startup incubada no Supera Parque de Inovação Tecnológica de Ribeirão Preto, associou-se à canadense Custom Biologics, em Toronto, para juntas desenvolverem um teste de ácido nucleico (NAT) simples e de baixo custo para o diagnóstico da hepatite C viral.

As duas empresas têm expertises que se complementam. “A DGLab domina a metodologia de coleta de sangue em papel filtro e armazenamento em cartão”, explica Daniel Blasioli Dentillo, sócio da startup brasileira. A Custom Biologics desenvolveu e patenteou a tecnologia DASL RAPID, de alta precisão analítica, cuja aplicação não exige um ambiente de laboratório. “O teste pode ser executado no local, mesmo em regiões que não tenham instalações médicas”, explica o CEO da empresa canadense.

Atualmente, os testes de hepatite C seguem, basicamente, duas opções técnicas, de acordo com Mamelak. “Os imunoensaios são rápidos e de baixo custo, mas não têm precisão para subsidiar decisões sobre cuidados com pacientes. As tecnologias baseadas no método de reação em cadeia da polimerase [PCR], por sua vez, têm excelente sensibilidade e desempenho, mas são demoradas e caras”, ele compara.

A eficácia da plataforma diagnóstica será testada com a utilização de amostras clínicas do Instituto Adolfo Lutz (IAL), sublinha Mamelak. “Assim, poderemos comparar nossa tecnologia com o PCR, o teste padrão ouro atual”, diz ele. O IAL, vinculado à Secretaria Estadual da Saúde, opera como Laboratório Central de Saúde Pública, atuando nas áreas de Vigilância Epidemiológica, Sanitária e Ambiental na prevenção, controle e eliminação de doenças.

A expectativa é demonstrar que o NAT para hepatite C é mais fácil de ser executado, gera resultados num período de tempo mais curto e a um custo menor do que o PCR, credenciando o teste para transformar-se em rotina de saúde pública.

Fonte: Agência FAPESP